Por: Jameson Brandão
É muito bom falarmos
da saudade. Hoje ainda sinto algo que me devora e causa em mim, o inexplicável.
Talvez com isto, o que eu esteja querendo mesmo é sentir a saudade que ainda
não me pertence, sentir o amor que ainda não encontrei, caminhar pelos caminhos
que me faz sorrir, me (des)fiz. O que fala o meu corpo não é o mesmo que fala o
coração. Certas coisas há de ter saudade, porque saudade é coisa boa, é mais que
um sentimento, é uma peculiaridade, são momentos únicos... tais momentos são os
que verdadeiramente nos marcam, e me marcam em especial quando as minhas
lagrimas se comprometem a descer, pular, saltar, quem ela é? Verdade... quem é
ela afinal? Porque molda e queres deixar um vácuo em dor, semear as dores que
quero sentir essa dor, mas, se essa dor for muito mais que o meu (ser) puder
aguentar, se ela for tão forte que os meus olhos me abandonam, se ela for tão
forte que a semente torna-se infértil, não, não quero mais. Talvez em outro dia
eu consiga sofrer em dor, mas de forma ambígua, reciproca e confortável, caso
isso seja impiedosa, bestagem, deixo pra depois, agora o que eu falarei são as
nobres queixas ao sentimento que queres me machucar. Então, não chore, não
lamente-se igual, seja apenas as gotas, as gotas de saudade.
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