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Itaberaba em poesia

Jameson Brandão


Sou uma pequena menina
Nascida, criada pelo Paraguaçu,
Os braços da chapada me abraçaram
Como me abraça tu.

Vou te falar como tudo começou
Desde a vinda do tal conquistador
Até a igreja de Nosso Sinhô.

Diziam que ninguém estava ali,
Mas sabe atrás das grandes rochas?
Vivia um povo artista
Eram os índios Maracás,
Do povo Tapuias.

E para surgir a Itaberaba
Um dia foi fazenda
Lembramo-nos de Cajado,
Que fundou a São Simão
Na caatinga do nosso sertão.

Mas pensa que acabou por ai?
Depois foi só crescimento
Veio à pequena igrejinha
Que podia ser até um convento.

Se tudo está crescendo,
Lembramo-nos do rosário,
Foi construída ao centro forte,
Senda ela força e grave
Tornou-se uma vila
Que de tão bonita,
Tornava-se poesia.

Mas e dom Vasco Rodrigues?
Sabe-se lá para onde ia?
Mas deixou conosco pertinho,
Os caminhos de tal folia.

E o tempo foi acelerando
Pessoas por aqui passando,
Tudo de mais belo seria
Se em apenas uma correria
Deixássemos fluir por completo o amor,
Que como o Paraguaçu,
Que seja fluido,
Formando-se cada vez mais em beleza,
Então eu te digo,
Ame, porque como ela exalta,
Seja bem vido, a cidade guerreira. 

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